出版社:Brazilian Association of Sleep and Latin American Federation of Sleep Societies
摘要:INTRODUÇÃO A Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) está relacionada a outras condições patológicas. Os múltiplos despertares e microdespertares provocam repetidos e frequentes picos noradrenérgicos, elevando o tônus simpático, aumentando o risco real para doenças cardíacas isquêmicas, AVE, e arritmias cardíacas. Diversos estudos têm demonstrado a associação entre SAOS e arritmias cardíacas. A presente pesquisa objetiva verificar a prevalência de arritmias cardíacas em pacientes portadores de SAOS. MÉTODO Foram revistos os laudos de polissonografias realizados na Clínica Santa Maria de março de 2012 a dezembro de 2014, divididos em portadores e não-portadores de SAOS. O primeiro grupo foi subdividido de acordo com o grau de gravidade da SAOS (leve, moderado e grave). Todos os exames foram investigados quanto à presença de arritmias cardíacas (extra-sístoles e/ou pausas prolongadas da atividade cardíaca). Por fim, correlacionou-se a presença de arritmias cardíacas com o grau de gravidade da SAOS. Os dados colhidos foram tabulados e analisados estatisticamente no StatisticalPackage for de Social Sciences (SPSS), versão 18.0. Respeitaram-se os aspectos éticos, de acordo com a resolução do CNS 196/96. Resultados Observou-se uma associação positiva entre SAOS e arritmias cardíacas, em mulheres eutróficas, na faixa etária de 21 a 50 anos. A presença de arritmias cardíacas se relacionou ao estadiamento da SAOS exclusivamente nos pacientes obesos do sexo masculino. Nas mulheres, observou-se uma maior prevalência de arritmias cardíacas entre as obesas. Observou-se uma relação positiva entre arritmias cardíacas e gravidade de SAOS, exclusivamente entre os indivíduos acima de 71 anos. CONCLUSÃO Foi observada uma associação positiva entre arritmias cardíacas e SAOS em mulheres eutróficas, na faixa de 21 a 50 anos, bem como nos homens obesos. Observou-se uma relação positiva entre arritmias cardíacas e gravidade de SAOS, exclusivamente nas pessoas idosas (acima de 71 anos).