出版社:Brazilian Association of Sleep and Latin American Federation of Sleep Societies
摘要:INTRODUÇÃO E OBJETIVOS No Brasil, há predominância do transporte rodoviário, sendo o mesmo responsável pela movimentação de bilhões de reais. Dessa forma, a qualidade do sono é de extrema importância para motoristas, ainda mais aqueles que transportam cargas inflamáveis. A síndrome da Apneia do Sono (SAOS) tem como um dos seus principais sintomas a sonolência excessiva diurna. Sendo assim, este estudo buscou determinar o índice de sonolência diurna em motoristas de cargas inflamáveis, como também, verificar os fatores de risco para SAOS e suas correlações. MÉTODOS É um estudo transversal e descritivo com 41 motoristas de caminhão e terceirizados de uma empresa privada de Cuiabá(MT). Os participantes foram entrevistados na sede da empresa, no mês de junho de 2015. Para a obtenção do índice de sonolência diurna foi aplicado um questionário para avaliar distúrbios respiratórios do sono, assim como, a Escala de Sonolência de Epworth (ESE). Foram realizados os seguintes exames físicos: circunferência cervical (CC), índice de massa corporal (IMC),pressão arterial (PA) e o índice de Mallampati (IM). Estes cinco critérios são os adotados pela resolução N° 267 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) para avaliação dos distúrbios de sono. RESULTADOS E DISCUSSÃO Aplicando a Escala de Epworth, 14,6% (5) dos entrevistados apresentaram pontuação acima de 10, a qual indica sonolência excessiva diurna excessiva. Levando em consideração os possíveis fatores de risco para Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), cerca de 41,4% (17) da população da amostra possui IM entre 3 e 4, encontrou-se que 49% (20) dos entrevistados estão com sobrepeso e 24% (10) possuem algum grau de obesidade, bem como 31,7% (13) apresentaram algum estágio de hipertensão arterial, comorbidade muito frequente em pacientes com SAOS. Porém, 100% (41) da amostra apresentou circunferência cervical até 45 cm, medida considerada dentro da normalidade. Aproximadamente 34,1% (19) da amostra apresentou alteração em dois ou mais destes cinco indicadores, sendo que 85,7% destes possuíam IMC acima de 30 kg/m2 . CONCLUSÃO Os resultados do nosso estudo mostram que a sonolência diurna deve ser investigada regularmente entre os profissionais de transporte rodoviário, pois a mesma pode estar associada a doenças como a SAOS, a qual prejudica a qualidade do sono, e apresentam riscos e/ ou comorbidades associadas, depreciando ainda mais a saúde do motorista e, posteriormente, comprometendo o trânsito nas rodovias.