出版社:Brazilian Association of Sleep and Latin American Federation of Sleep Societies
摘要:Introdução e Objetivo Há um consenso de que crianças com apneia obstrutiva do sono (AOS) grave devem ser observadas durante o período pós-operatório. No entanto, há uma discordância quanto ao local mais seguro para a observação clínica após a cirurgia: ambiente ambulatorial, enfermaria pediátrica ou UTI pediátrica (UTIP). Devido à escassez de diretrizes e estudos baseados em evidências que permitam uma melhor prática clínica, o objetivo deste estudo foi identificar fatores de risco para possíveis complicações respiratórias após adenotonsilectomia em criançasr12 anos com AOS encaminhadas à UTIP. Métodos Trata-se de um estudo de coorte histórica com corte transversal que analisou 53 crianças após adenotonsilectomia que preencheram os critérios pré-estabelecidos para encaminhamento à UTIP em um hospital escola de nível terciário. Foram utilizados o teste t de Student, o teste de Mann-Whitney e o teste do quiquadrado para identificar os fatores de risco. Resultados Das 805 crianças submetidas à adenotonsilectomia entre janeiro de 2006 e dezembro de 2012 no hospital escola, 53 foram encaminhadas à UTIP. Vinte e uma crianças (2,6% do total das crianças submetidas à adenotonsilectomia e 39,6% das crianças que foram encaminhadas à UTIP) apresentaram complicações respiratórias, sendo 12 do gênero masculino e a idade média foi de 5,372,6 anos. Maior índice de apneiahipopneia (IAH; p¼0,0269), maior índice de dessaturação de oxigênio (IDO; p¼0,0082), baixo nadir da SpO2 (p¼0,0055), maior tempo de intubação orotraqueal (p¼0,0011) e rinopatia (p¼0,0426) foram preditores independentes de complicações respiratórias. Foram observadas complicações respiratórias menores (SpO2 entre 90-80%) e maiores (SpO2r80%, laringoespasmos, broncoespasmos, edema agudo de pulmão, pneumonia e apneia). Conclusões Em crianças de até 12 anos e com apneia obstrutiva do sono, aquelas que têm maior IAH, maior IDO, menor nadir da SpO2 e/ou rinopatia são mais predispostas a desenvolver complicações respiratórias após adenotonsilectomia do que aquelas crianças sem essas características.