出版社:Brazilian Association of Sleep and Latin American Federation of Sleep Societies
摘要:Introdução Relatos de casos apontam que a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) esteve relacionada com episódios de Edema Agudo dos Pulmões Cardiogênico (EAP). No entanto, não existem estudos que avaliaram o real impacto da AOS no EAP. Métodos Durante o período de 2 anos, recrutamos casos consecutivos de EAP nas Unidades de Emergências de três centros terciários de Cardiologia. Após o tratamento de rotina para o EAP e estabilização clínica, todos os pacientes que sobreviveram ao evento foram convidados a realizar a monitorização portátil do sono (Embletta GoldTM). A AOS foi definida por um índice de apneia e hipopneia Z15 eventos/hora. Realizamos o seguimento dos pacientes em busca de eventos cardiovasculares adotando critérios padronizados. O nosso objetivo primário foi o de avaliar a frequência de ocorrência de novo EAP. Objetivos secundários incluíram Infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC) e óbito cardiovascular. Análise de regressão logística foiobtida para identificar preditores independentes de eventos. Um valor de po0,05 foi considerado estatisticamente significante. Resultados De 146 pacientes inicialmente selecionados, estudamos 104 pacientes com diagnóstico confirmado de EAP. A monitorização do sono ocorreu 31,076,9 dias após o episódio de EAP. A frequência da AOS foi de 61% (64 pacientes). Destes, apenas 3 pacientes (3%) tinham conhecimento prévio da AOS. Nenhum deles estava sobre tratamento específico. Pacientes com e sem AOS não apresentaram diferenças de idade, sexo, índice de massa corpórea (IMC), circunferência cervical, abdominal e fração de ejeção do ventrículo esquerdo. O seguimento médio foi de 1276 meses. Em comparação com indivíduos sem AOS, pacientes com AOS tiveram maior incidência de novos episódios de EAP (6 vs. 25 episódios; p¼0,01), maior incidência de IAM (0 vs. 15 episódios; p¼0,0004) e maior porcentagem de óbitos cardiovasculares (0 vs. 13 episódios; p¼0,0015). Não houve diferença na frequência de AVC. Na análise multivariada, a presença da AOS foi um fator preditor independente para a ocorrência de novo episódio de EAP: OR 8,06 (IC 95% 1,8– 34,3; p¼0,006); IAM não fatal: OR 12,14 (IC 95% 1,27–99,8; p¼0,01) e Óbito Cardiovascular: OR 13,84 (IC 95% 1,46–88,0; p¼0,001). Conclusões A AOS é altamente frequente, subdiagnosticada e independentemente associada com maior recidiva do EAP e eventos cardiovasculares fatais e não fatais no seguimento de pacientes admitidos por EAP.