A casca de coco verde é considerada um resíduo de complexa degradação, podendo ser também foco de proliferação de doenças. Com base nessa premissa e com a necessidade de se estudarem novas fontes renováveis de energia, a utilização de resíduos de casca de coco verde como fonte energética apresenta aspectos benéficos, desde que seja viável econômica e tecnicamente. Assim, este artigo visa avaliar o potencial energético da casca do coco verde por meio da produção de briquetes. Foram realizadas análises das características físico-químicas dos briquetes e da biomassa in natura. Como resultados, foram encontrados poder calorífico de 13,6 MJ/kg para biomassa in natura; já para os briquetes, com aglutinantes água e amido, os valores foram de 15,6 e 11,7 MJ/kg, respectivamente. O poder calorífico da biomassa in natura não resultou valores inferiores quando comparados com a literatura de referência, porém sua umidade e teor de cinzas se apresentaram bastante elevados. Para os briquetes produzidos, esses valores se reduzem e o poder calorífico é considerado alto e eficiente para fins de geração de calor. Dessa forma, verifica-se o potencial de utilização dos resíduos da casca como alternativa energética, além das vantagens socioeconômicas e ambientais.