摘要:O presente texto tem como objetivo compreender a maneira pela qual as crianças Sem Terrinha do acampamento Elizabeth Teixeira, em Limeira-SP, além de sujeitos testemunhas passam a ser protagonistas da luta pela terra. A pesquisa teve como espaço e tempo de observação as atividades educativas da Ciranda Infantil, entre 2010 e 2014. A terra foi ocupada em abril de 2007, foram despejados/as violentamente em novembro do mesmo ano e voltaram a reocupar a terra em dezembro. As crianças vivenciaram todo esse processo. Elas trazem esses elementos e memórias que se transformam em brincadeiras na Ciranda Infantil. Com o processo de reorganização interna da área, a Ciranda Infantil tornou-se um dos poucos espaços de vivência do coletivo infantil do acampamento. Lugar em que a maioria das crianças podiam se encontrar, brincar, discutir, aprender, produzir as culturas infantis participando da construção da realidade social. As questões deste artigo são provenientes do trabalho educativo e investigativo realizado por um dos autores com as crianças Sem Terrinha em um acampamento de reforma agrária. Os processos vivenciados pelas crianças são foco deste texto que, a partir das observações e relatos das atividades com as crianças proveniente do exercício etnográfico do/a pesquisador/a, coloca em evidência os seus pontos de vista, possibilitando falarem de si e de suas experiências de infância no acampamento, assim como das possibilidades de transformação da realidade em que vivem, da luta por direitos e de sua constituição como sujeitos e protagonistas da história e da luta pela terra.
其他摘要:This paper aims to comprehend the way through which the Landless Kids from the camp Elizabeth Teixeira in Limeira-SP, besides witness subjects, are seen by the researcher as protagonists of the struggle for land. The research had as space and time of observation the educative activities at Ciranda Infantil, between 2010 and 2014. The land was occupied in April 2017, they were violently evicted on November same year and returned to reoccupy the land on December. The children have experienced this entire process. They bring along such elements and memories that turn into games at Ciranda Infantil. With the process of internal reorganization of the area, Ciranda Infantil has become one of the few living spaces of the camp children’s collective. A place where most children could meet each other, play, discuss, learn, produce peer cultures participate in the construction of social reality. The questions of this article come from the educative and investigative work carried out by the one of the authors with the Landless Kids in an agrarian reform camp. The processes experienced by the children are the focus of this text that, from the observations and reports made from the researcher’s ethnographic exercise on the activities with the children, bespeaks the children’s points of view, allowing them to talk about themselves and their childhood experiences at the camp, as well as about the possibilities of transforming the reality in which they live, the fight for rights and their constitution as subjects and protagonists of the history and struggle for land.