期刊名称:Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social
电子版ISSN:2183-4938
出版年度:2020
卷号:6
期号:2
页码:39-55
DOI:10.31211/rpics.2020.6.2.180
出版社:Instituto Superior Miguel Torga
摘要:Objetivos: O objetivo do presente estudo foi testar o comportamento ortorético (estilo atitudinal e comportamental que reflete uma preocupação intensa e persistente com o consumo de alimentos saudáveis) enquanto fator de risco para o desenvolvimento de comportamentos alimentares perturbados e comportamentos de ingestão alimentar compulsiva. No Estudo 1 foram testadas diferenças entre níveis moderados/severos e níveis baixos de comportamento ortorético em relação às experiências de vergonha (geral e focada na imagem corporal) e indicadores de comportamento alimentar perturbado (geral e compulsão alimentar). No Estudo 2 foi testado um modelo teórico que hipotetiza a associação entre o comportamento ortorético, vergonha geral e da imagem corporal como fatores de risco do comportamento alimentar perturbado e da compulsão alimentar, em mulheres da população geral. Método: A amostra foi constituída por 307 mulheres da população geral, com idades compreendidas entre 18 e 63 anos (M = 33,62 ± 11,73) que responderam a um protocolo online composto por medidas de autorresposta. Resultados: As participantes com níveis moderados/severos de comportamento ortorético revelaram níveis significativamente superiores de vergonha geral, vergonha da imagem corporal, comportamento alimentar perturbado e compulsão alimentar, comparativamente às participantes com níveis baixos de comportamento ortorético. Os resultados da path analysis indicaram que o comportamento ortorético, a vergonha geral e a vergonha da imagem corporal explicam 51,0% da variância do comportamento alimentar perturbado e 47,0% da variância da compulsão alimentar. Conclusões: O presente estudo sugere o comportamento ortorético como possível fator de risco para o desenvolvimento de Perturbações do Comportamento Alimentar. Os resultados deste estudo são importantes para a prática clínica, mostrando que os comportamentos ortoréticos, apesar de serem muitas vezes considerados como comportamentos socialmente aceitáveis, quando associados a experiências de vergonha geral e da imagem corporal, podem contribuir para maior severidade dos comportamentos alimentares perturbados, tanto do tipo restritivo como de ingestão alimentar compulsiva.
其他摘要:Objectives: The present study aimed to explore orthoretic behaviors (an attitudinal and behavioral style that reflects
an intense and persistent concern with healthy foods consumption) as a possible risk factor for developing disordered
eating and binge eating behaviors. In Study 1, differences between moderate/severe levels and lower levels of orthoretic
behaviors were tested concerning experiences of shame (general and body-image focused) and disordered eating
indicators (general and binge eating). In Study 2, a theoretical model was tested in which it was hypothesized the
association between orthoretic behaviors, general shame, and body-image as risk factors for disordered eating and
binge eating in women from the general population. Method: The sample consisted of 307 women from the general
population, aged between 18 and 63 years old (M = 33,62; DP = 11,73), who responded to an online protocol with a
set of self-report measures of orthoretic behaviors, general and body-image shame, disordered eating and binge eating.
Results: Participants with moderate/severe levels of orthoretic behaviors revealed significantly higher levels of general
shame, body-image shame, disordered eating, and binge eating when compared to participants with lower levels of
orthoretic behaviors. The path analysis results indicated that orthoretic behaviors, general shame, and body-image
shame explain 51.0% of the variance of disordered eating and 47.0% of binge eating variance. Conclusions: The present
study suggests orthoretic behaviors as a possible risk factor for Eating Disorders' development. The present study's
data is important for clinical purposes, showing that orthoretic behaviors seem to contribute to greater severity of
disordered eating, both restrictive and binge eating types, despite being considered socially acceptable behaviors
associated with general experiences and body-image shame.