摘要:Objetivamos, neste texto, examinar a dinâmica pulsional - entre o Eros e o Tânatos - irradiada pela e forma e pela mensagem do romance Controle, de Natalia Borges Polesso. A partir das noções de pulsão de morte e de vida, relacionadas conflitivamente e sintetizadas pelo filósofo Rogério M. de Almeida (2007), buscamos compreender como a figuração da doença, de larga tradição na literatura, insula Maria Fernanda, personagem principal da narrativa. Com o desaparecimento do transtorno epiléptico da protagonista, no entanto, a narradora expõe-se ao contato vigoroso com a alteridade, vislumbrando o futuro que outrora, quando doente, podia ser imaginado via alucinação. Por meio de ideias Susan Sontag (1984), Paul Ricouer (2007), Sidarta Ribeiro (2019) e do mencionado Rogério M. de Almeida (2007), analisamos a complexa rede afetiva que leva a protagonista a estruturar o porvir mediante a pulsão de vida.