摘要:A memória apresenta-se como uma perspectiva para se pensar desde aspectos biológicos até culturais e históricos daquilo que constitui o corpo na Educação Física. A partir desta provocação e fundamentado pelas ideias de Bérgson sobre memória e corpo, o presente artigo tem por objetivo entender como se articula a relação entre memória e corpo nas práticas corporais de Jiu-Jitsu. Pensar-se-á a Educação Física em conjunto com as ciências humanas através de uma caminhada que vai além de práticas corporais. O trabalho é uma análise de uma situação vivenciada em sala de aula, no campus de Ibirama do Instituto Federal de Santa Catarina, no projeto de extensão que ofertou para a comunidade treinos de Jiu-Jitsu. Através de uma pesquisa qualitativa e exploratória com dados aferidos por meio de uma entrevista semiestrutural e anotações em um diário de campo, entendeu-se a articulação entre memória e corpo articulando a problemática do devir, do virtual e do movimento contrapondo, além de Bérgson, Deleuze, Foucault e Brecht. Quando se falta em corpo, a ideia que prevalece costuma ainda ser a de um corpo que se opõe ou se contrapõe a uma menta ou a uma alma, mas a pesquisa aponta perspectivas que transcendem esta relação.