摘要:Neste trabalho, desenvolvemos a ideia de que a filosofia hermenêutica contempla uma atitude moral de empatia, de colocar-se no lugar do outro, através da leitura do texto literário. Sob essa perspectiva, discorremos acerca da situação de opressão de duas personagens ficcionais – Popróshin, de “Diário de um louco”, narrativa de Nikolai Gógol, e o louco do Cati, da obra de mesmo título de Dyonelio Machado. Os seres humanos apresentados nestas histórias são levados à loucura por realidades sociais opressoras, injustas e violentas, o que sensibiliza o leitor. Consideramos que, ao debruçar-se sobre as questões da natureza humana, a hermenêutica aponta para as possibilidades que o ser tem de existir e permite ao intérprete a oportunidade de outrar-se na construção da compreensão, ampliando seu horizonte de sentidos. Tal ponto de vista interpretativo requer que o leitor se coloque na obra para poder escutá-la, já que o que é pesquisado não se separa daquele que pesquisa. Assim, como aporte teórico, baseamo-nos nos pressupostos da filosofia hermenêutica, sobretudo de Hans-Georg Gadamer e de Ernildo Stein, nas ideias concernentes ao tema da tradução de Jacques Derrida, além de autores que possam contribuir para uma reflexão acerca da violência e da loucura.
其他摘要:In this paper, we developed the idea that the hermeneutic philosophy contemplates a moral attitude of empathy, of putting yourself in the other’s spot, through the literary text. From this perspective, we discussed the oppressive situation of two fictional characters – Popróshin, from “Diário de um louco”, story by Nikolai Gógol, and the madman from Cati, from the same title by Dyonelio Machado. The presented human beings in these works are driven into madness by oppressive unfair and violent social realities that touch the reader. We consider that, bowing down on human nature questions, the hermeneutic points to other possibilities that the being has to exists and allows the interpreter an opportunity to exchange oneself in the construction of understanding, increasing its horizons of meanings. Such an interpretative point of view requires the reader to put himself in the work in order to hear it, once what is researched is not separate from the researcher. Thus, as theoretical basis, we based ourselves on the assumptions of hermeneutic philosophy, especially with Hans-Georg Gadamer and Ernildo Stein, on the ideas concerning the theme of translation by Jacques Derrida, and authors who can contribute to a reflection of violence and of madness.