摘要:Este artigo investiga o movimento de desconcentração da indústria de Goiás em direção ao interior, onde tende a permanecer concentrada em alguns novos centros, com uma dinâmica polarizada. Os novos polos industriais possuem diferentes estruturas produtivas, com distintos efeitos de polarização, graus de territorialização e capacidade de impulsionar o desenvolvimento local e regional. Propõe-se uma tipologia que ressalta essas principais diferenças, classificando-os em industriais urbanos, agroindustriais, de base mineral e mistos. Trata-se de uma contribuição original, muito útil para se pensar o processo de desconcentração industrial, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. A construção da tipologia considerou diferentes dimensões dos polos, tais como tipo de aglomeração, fatores locacionais predominantes, grau de territorialização, integração com serviços modernos, links tecnológicos, porte e papel na rede urbana. Foram construídos indicadores para cada dimensão, utilizando-se, principalmente, dados da RAIS e do comércio vias internas da Secretaria da Fazenda, dando indicações para políticas industriais em nível sub-regional. Os principais polos industriais do estado foram analisados e classificados de acordo com a tipologia proposta: Goiânia e Anápolis como polos industriais urbanos; Rio Verde e Itumbiara como polos agroindustriais; Niquelândia como polo mineral; e Catalão como polo misto. Destacou-se o papel dos polos agroindustriais que, em decorrência de sua integração com a agropecuária local, criam circuitos virtuosos que tendem a se difundir por seu entorno. As novas tecnologias no campo da biotecnologia e na química verde possibilitam o avanço desses polos em direção a segmentos mais intensivos em conhecimento e valor.