期刊名称:Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários
电子版ISSN:1678-2054
出版年度:2020
卷号:39
页码:93-102
DOI:10.5433/1678-2054.2020v39p93
出版社:Universidade Estadual de Londrina
摘要:O artigo pretende pensar a perda como componente central da autobiografia Baratas , de Scholastique Mukasonga, considerando a história de Ruanda, marcada pela colonização, e a busca por uma memória ruandesa. Segundo Richard Oko Ajah (2015), as obras da escritora que tematizam o conflito étnico em Ruanda são narrativas de memória e trauma, as quais denunciam as condições que culminaram em um trauma estrutural, sofrido pelos tutsis ao longo de décadas de violência e segregação, até o genocídio de 1994. A perda e a ausência dos seus, assombrando a autora, narradora e personagem sobrevivente do massacre, fazem com que tome para si a tarefa de guardiã da memória de seu povo. Cogita-se que a experiência traumática, a caracterizar o teor testemunhal de Baratas , leva a escritora a buscar, através da rememoração (Gagnebin 2006), uma forma de agir no presente para lutar contra o esquecimento e a repetição dos horrores do passado, humanizando-se através da arte.
其他摘要:The article intends to think of loss as a central component in the autobiography Cockroaches, by Scholastique Mukasonga, considering the history of Rwanda, marked by colonization, and the
search for a Rwandan memory. According to Richard Oko Ajah (2015), the writer’s works that address
ethnic conflict in Rwanda are narratives of memory and trauma, which denounce the conditions culminating in a structural trauma suffered by Tutsis over decades of violence and segregation until the 1994
genocide. The loss and absence of her own, haunting the author, narrator and surviving character of
the massacre, made her take the position of guardian of her people’s memory. It is thought that the
traumatic experience, characterizing the testimonial content of Cockroaches, leads the writer to seek,
through remembrance (Gagnebin 2006), a way of acting in the present to fight the forgetfulness and
the repetition of the horrors of the past, humanizing herself through art.