摘要:Nos primeiros anos de seu pontificado, Papa Francisco fez pouco uso da palavra ‘bioética’. Quando fez menção à palavra, empregou-a no sentido formal, para tratar de alguma comissão, e não para manifestar uma posição. Mas, a partir de 2018, Francisco assumiu uma posição bem definida em relação à bioética, afirmando que os nossos tempos precisam ampliar a visão tradicional da bioética para uma visão de bioética global, pois não é mais possível pensar a saúde, o bem-estar e a realização humanas de forma independente da saúde da totalidade da vida da biosfera. Essa bioética global, afirma Francisco, tem as suas bases na Laudato Si. Se o posicionamento escrito de Francisco sobre a bioética não ocorreu de forma imediata ao iniciar seu pontificado, a opção do pontífice de “começar” seu pontificado em Lampedusa, acolhendo migrantes e refugiados, deixou evidente qual seria o compromisso de sua Igreja. As duras palavras proferidas em Lampedusa, de que nos tornamos insensíveis aos gritos dos outros e que globalizamos a indiferença, tornando-nos incapazes de chorar pelo outro, deram o tom da sua missão. Nesse sentido, este artigo pretende investigar o pensamento bioético defendido pelo Papa Francisco a partir de documentos, encíclicas, homílias e cartas por ele escritas.
其他摘要:In the early years of his pontificate, Pope Francis made little use of the word ‘bioethics’. When he mentioned the word, he used it in a formal sense, to deal with some commission, and not to express a position. But, from 2018 on, Francisco took a well-defined position in relation to bioethics, stating that our times need to expand the traditional view of bioethics to a view of global bioethics, as it is no longer possible to think about health, well-being and human achievement independently of the health of the entire life of the biosphere. This global bioethics, says Francis, is based on Laudato Si. If Francis’s written position on bioethics did not occur immediately when he started his pontificate, the pontiff’s option to “start” his pontificate in Lampedusa, welcoming migrants and refugees, he made it clear what his Church’s commitment would be. The harsh words spoken at Lampedusa, that we have become insensitive to the cries of others and that we have globalized indifference, making us unable to cry for the other, have set the tone for his mission. In this sense, this article intends to investigate the bioethical thought defended by Pope Francis from documents, encyclicals, homilies and letters he wrote.