摘要:Documentos de um arquivo podem ser utilizados por professores e estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental para estudos históricos escolares? Quais são as potencialidades e os limites da escola se constituir em um espaço de produção de conhecimento? Essas e outras questões motivaram intensos debates nas últimas décadas acerca de concepções curriculares e práticas pedagógicas. A partir da problematização de tendências culturais prevalecentes na vida social que afetam as experiências vividas dos sujeitos na contemporaneidade, este artigo propõe reflexões em torno das possibilidades de se desenvolverem, no âmbito do ensino de História, práticas educacionais transformadoras relativas à utilização de documentos de arquivos por integrantes da Educação Básica. Dialogando com referenciais teórico-metodológicos da história cultural, coordenamos um projeto de extensão comunitária que contou com a participação de escolas públicas da cidade de Campinas, da Faculdade de Educação e do Centro de Memória - Unicamp (CMU). Ao trabalharmos com questões que abarcavam a história local, a memória e patrimônio cultural, observamos que as relações estabelecidas entre professores, estudantes e documentos textuais e iconográficos do CMU proporcionaram instigantes articulações com suas visões de mundo, evidenciadas pelos múltiplos modos de leitura, apropriação e produção de conhecimento. Nesse sentido, questionamos a suposta necessidade de acúmulo de informação criada pelas sociedades modernas e ressaltamos a importância das experiências vividas para a constituição de novas perspectivas de espacialidade e temporalidade, capazes de se contrapor e superar cenários compostos por diferentes formas de exclusão social, desenraizamentos culturais e de crise de identidades.
关键词:Ensino de História;História cultural;Experiência;Arquivo;Produção de conhecimento.