摘要:Neste texto, será debatida a hipótese de que o ensaio, enquanto gênero de escrita vai ao encontro de uma possibilidade (entre muitas outras) de constituição da escrita da história no início do século XX brasileiro: a necessidade de narrar não somente a partir de elementos lógico-formais, mas também de perspectivas estéticas, sensoriais e afetivas. Será dado foco particular à análise dos ensaios Retrato do Brasil: ensaio sobre a tristeza brasileira (1928) de Paulo Prado (1869-1943) e a Bahia de Outrora: vultos e fatos populares (1916) de Manuel Querino (1851-1923). Para a reflexão acerca dos diversos matizes do ensaio, especialmente na América Latina, serão abordados os trabalhos de João Barrento, Andrea Targino da Silva e Lidinei R. Silva, Pedro Duarte, Fernando Nicolazzi e Liliana Weinberg, além de Adorno e Lukács.