摘要:O magazine ilustrado Eu Sei Tudo foi publicado no Brasil entre 1917 e 1958. Sua origem, entretanto, é francesa e parte significativa de seu conteúdo pertencia também àquela versão. Neste artigo, tomando como fontes históricas figuras e textos presentes na revista brasileira e adotando como referencial teórico os conceitos de representação e imaginário social, investigamos a produção e a circulação entre mundos de imagens relativas à África e aos africanos, inquirindo sobre seus significados. Nossa hipótese é a de que a Eu Sei Tudo promoveu a difusão de estereótipos e preconceitos raciais a partir de uma matriz europeia ligada ao contexto do imperialismo, reproduzida em várias de suas páginas, apesar dos cenários sociais radicalmente diferentes. Tais imagens e textos, expostos a partir de um discurso sobre a alteridade, repetiam no Brasil os supostos antagonismos entre modernidade e atraso, primitivismo e progresso, civilização e barbárie.↓El magacín ilustrado Eu Sei Tudo fue publicado en Brasil entre 1917 y 1958. Sin embargo, su origen es francesa y parte significativa de su contenido pertenecía también a aquella versión. En este artigo, tomando como fuentes históricas figuras y textos presentes en la revista brasileña y adoptando como referencial teórico los conceptos de representación e imaginario social, investigamos la producción y la circulación entre mundos de imágenes relativas a África y a los africanos, inquiriendo sobre sus significados. Nuestra hipótesis es la de que Eu Sei Tudo promovió la difusión de estereotipos y prejuicios raciales a partir de una matriz europea relacionada al contexto del imperialismo, reproducida en varias de sus páginas, a pesar de los escenarios sociales radicalmente diferentes. Tales imágenes y textos, expuestos a partir de un discurso sobre la alteridad, repetían en Brasil los supuestos antagonismos entre modernidad y retraso, primitivismo y progreso, civilización y barbarie.
其他摘要:The illustrated magazine Eu Sei Tudo was published in Brazil between 1917 and 1958. Its origin, however, is French and a significant part of its content also belonged to that version. In this article, taking as historical sources figures and texts present in the Brazilian journal and adopting as theoretical reference the concepts of social representation and imaginary, we investigate the production and circulation of images related to Africa and the Africans between worlds, inquiring about their meanings. Our hypothesis is that Eu Sei Tudo promoted the diffusion of racial stereotypes and prejudices from a European matrix linked to the context of imperialism, reproduced in several of its pages, despite radically different social scenarios. These images and texts, exposed from a discourse on alterity, repeated in Brazil the supposed antagonisms between modernity and backwardness, primitivism and progress, civilization and barbarism.