摘要：A escravidão institucionalizada no Brasil deu seus últimos suspiros apenas no fim do século XIX. Enquanto a Europa vivenciava o Positivismo comteano durante o auge vanguardista e promissor da Revolução Industrial, as barbáries vivas do sistema escravagista brasileiro ecoavam não apenas na literatura, mas também na pintura. Este estudo aborda o trabalho de dois remarcáveis artistas dessa época que se serviram da arte para denunciar, de forma sutil e ao mesmo tempo incisiva, a banalização das práticas escravagistas da época: o desenhista francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) e o escritor carioca Machado de Assis (1839-1908). Para fundamentar a discussão, será realizada uma análise epistemológico-comparativa entre 3 litografias de Debret e o conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis, considerando os subsídios teóricos que entendem a relação das imagens como narrativas a partir dos escritos de Alberto Manguel e da perspectiva da Dialética Negativa de Theodor Adorno.
其他摘要：Institutionalized slavery in Brazil took its last breaths only at the end of the 19th century. While Europe was experiencing Comtean Positivism during the avant-garde and promising heyday of the Industrial Revolution, the living barbarities of the Brazilian slavery system echoed not only in literature, but also in painting. This study addresses the work of two remarkable artists of that time who used art to denounce, in a subtle and at the same time incisive way, the trivialization of slave practices at the time: the French designer Jean-Baptiste Debret (1768-1848) and the Rio de Janeiro writer Machado de Assis (1839-1908). To support the discussion, an epistemological-comparative analysis will be carried out between 3 lithographs by Debret and the short story “Father against mother”, by Machado de Assis, considering the theoretical subsidies that understand the relationship of images as narratives from Alberto Manguel's writings and from the perspective of Theodor Adorno's Negative Dialectic .
