摘要:Em setembro de 2019, 550 dias após o assassinato de Marielle Franco, conversei com sua única filha, Luyara Franco, sobre a vida após o assassinato brutal de sua mãe em 14 de março de 2018. Eu e Marielle Franco éramos companheiros de lutas nos movimentos sociais do Rio de Janeiro e éramos filiados ao mesmo partido. Eu e Luyara nos conhecemos desde sua infância, pois ela acompanhava Marielle em muitos atos e atividades realizadas pelo partido ou demais movimentos sociais. O resultado da entrevista é uma conversa afetuosa e carinhosa entre duas pessoas que compartilham a dor da perda de Marielle Franco, obviamente em contextos e níveis completamente diferentes. Conversamos não somente sobre as dores da perda, mas também as dúvidas e incertezas quanto a ausência de respostas da investigação, a importância da influência que mãe e filha tinham uma na vida da outra nas no reconhecimento enquanto mulher negra e nas lutas cotidianas e sobre as sementes de Marielle Franco. Ao final, Luyara Franco narra a luta dela e de sua família (tia e avós) em manter vivo o legado de Marielle Franco. Biografia do Autor Professor do Centro de Estudos Superiores de Tabatinga da Universidade do Estado do Amazonas. Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Líder do Grupo de Pesquisa Redes Indígenas: povos indígenas e redes educativas.