ResumoO objetivo do presente estudo foi identificar as dobras cutâneas que melhor predizem o Índice de Massa Corporal em crianças de 6 a 10 anos de idade. Participaram desta investigação 188 escolares da rede particular de ensino do município de Ponta Grossa, Paraná, sendo 99 meninos e 89 meninas. Foram realizadas avaliações antropométricas da massa corporal (MC, kg) e estatura (EST, cm), para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC, kg.m-2), e dobras cutâneas (DC, mm) do bíceps, tríceps, subescapular, axilar oblíqua, supra-ilíaca oblíqua, abdominal vertical, panturrilha medial. A inter-relação entre as DC e o IMC foi quantificada através da correlação de Pearson. A regressão múltipla Stepwise foi usada para determinar a independência e contribuição coletiva das dobras cutâneas na predição do IMC, sendo p<0,05. Para os meninos, a DC abdominal (modelo 1) foi um forte preditor do IMC, explicando 72,3% da variância, ao passo que a adição da DC subescapular (modelo 2) pouco alterou a variância, passando para 73,7%. Para as meninas, os resultados indicaram que a DC supra-ilíaca foi responsável por 82% da variância no IMC (modelo1), e a adição da DC do tríceps (modelo 2) aumentou a proporção da variância na relação para 85%, sendo que quando incorporada a DC subescapular (modelo 3), a variância aumentou coletivamente para 86%. Os achados do presente estudo apontam para uma relação estreita entre o IMC e as DC abdominal (para meninos) e supra-ilíaca (para meninas), demonstrando que, para nossa amostra, as dobras cutâneas que representam uma distribuição de gordura central foram as melhores preditoras de variações no IMC.