Nas sociedades actuais, onde os meios de comunicação de massas têm um papel fulcral - não só no que diz respeito ao entretenimento, como também, e principalmente, no que diz respeito à transmissão de conhecimento e estruturação de representações individuais e sociais (elas próprias uma forma de conhecimento) e disseminação de valores sociais e culturais -, assistimos à reapreciação da dimensão cognitiva da actividade pública dos meios de comunicação de massas e da sua influência nos sistemas de disposições individuais e colectivos. Ora, neste sentido, e, muito embora tratando-se de uma “obra datada”, valerá a pena revisitar “Os Efeitos Cognitivos da Comunicação de Massas”, de Enric Saperas, pela pertinência e actualidade do seu conteúdo.