O artigo discorre sobre os povos indígenas no Paraguai, as línguas por eles faladas e as políticas lingüísticas colocadas em curso, tanto pelos próprios guaranis e outros atores sociais que com eles atuam e apóiam suas lutas historicamente, quanto por instâncias governamentais. Discute a prática do bilingüismo e suas implicações entre os diferentes povos indígenas que vivem no país, bem como a escrita das línguas indígenas, potencializada por diferentes experiências de educação escolar indígena, destacando dados que mostram nuances desta realidade em regiões como o Chaco paraguaio. Parte do pressuposto que a língua guarani é uma das línguas de maior tradição literária na América do Sul, sendo que os primeiros escritos remontam o início do século XVII. Destaca, também, as variedades da língua guarani, constatando que essa variedade faz parte da consciência que os próprios guarani têm de si, de se reconhecerem e de se distinguirem pelo modo de falar.