Reflexões sobre as tendências da escola indígena e produção de identidades mediadas pelos paradigmas que orientam os currículos desde o período colonial até a contemporaneidade. Tendo a cultura como centralidade apóia-se em dados de pesquisas, na observação do processo de construção de uma escola diferenciada e depoimentos de professores indígenas que vivem ambigüidades, conflitos e tensões entre as marcas de uma escola homogeneizadora e a expectativa de uma escola intercultural com ênfase em suas culturas hibridizadas. O currículo caracteriza-se como um contínuo jogo de forças, um entre-lugar no qual se busca independência epistêmica, estabelecendo relações entre tradição e tradução, desconstrução das subalternidades, articulando um processo de negociação cultural que possibilite à escola indígena ser um espaço para expressar valores, fortalecer a identidade étnica e dialogar com os "outros".