José Olympio projetou-se como um dos mais importantes editores de obras literárias e de livros não didáticos no Rio de Janeiro nas décadas de 1930 e 1940. Em 1934, lança a Coleção Menina e Moça, inspirada na famosa Bibliothèque de Suzette, publicada na França entre 1919 e 1965. No Brasil, o investimento na coleção mobilizou o interesse de escritores, como José Lins do Rego, e de intelectuais católicos, como Alceu Amoroso Lima (Tristão de Ataíde) e Padre Álvaro Negromonte. Do estudo realizado, infere-se que os livros idealizados para meninas e moças e afiançados pelos intelectuais ligados à Livraria José Olympio Editora circularam no contexto brasileiro dos anos de 1940 e de 1950 e prescreveram tanto o bom comportamento moral quanto a formação do gosto literário.