Este artigo apresenta o diálogo entre três professores a respeito da universidade pública. Entre outras questões que aborda, uma se faz mais evidente: o de como experimentar a educação de forma mais democrática e de tal modo que possa acolher a todos e todas, respeitando suas especificidades e suas diferenças. Embora reconhecendo a complexidade do tema, enfatiza-se, sobretudo, as condições de estudo dos alunos- trabalhadores que, nesse momento atual, devido ao processo de expansão das universidades, afluem a elas, sem, no entanto, encontrar as condições necessárias para acolhê-los afetiva e cognitivamente em suas particularides, qual seja: a de serem alunos e ao mesmo tempo trabalhadores. Deste modo seus autores buscam enfrentar este binômio (educação-trabalho) a partir de suas experiências cotidianas, apostando que as mudanças reclamadas só serão possíveis e cabíveis a partir de uma lógica que não seja arrogante, mas, antes, fundada no diálogo e no respeito entre as partes envolvidas.