期刊名称:Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
印刷版ISSN:1809-5909
电子版ISSN:2179-7994
出版年度:2006
卷号:2
期号:6
页码:114-130
出版社:Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC)
摘要:Introdução: o envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que se acelerou nas últimas décadas. A vida cada vez mais prolongada tem sido alvo de questionamentos e preocupações, no sentido de que esse prolongamento seja vivido com qualidade e vitalidade. Objetivo: estudar o estilo e o grau de satisfação com alguns aspectos da vida da população de sessenta anos e mais residente no município de Botucatu. Casuística e Método: foram entrevistados 365 idosos residentes no município de Botucatu, escolhidos por meio de amostragem estratificada proporcional e aleatória, utilizando-se os mapas dos setores censitários fornecidos pelo IBGE. O instrumento utilizado foi uma adaptação para a realidade brasileira da Escala de Qualidade de Vida de Flanagan e do Perfil do Estilo de Vida Individual desenvolvido por Nahas. Resultados: a maioria dos idosos entrevistados estava casada, tinha baixa escolaridade e renda média de um a três salários mínimos. Os idosos, em geral, residiam no município há mais de 20 anos e em famílias relativamente pequenas, tinham bons hábitos alimentares, referiram satisfação com sua vida emocional, com a saúde, com a família, com seus amigos e com o lazer e praticavam pouca atividade física em comparação a outras faixas etárias. Algumas mudanças ocorreram no perfil do idoso durante esses últimos 20 anos, houve aumento na população do sexo feminino em 3,6%, melhora da escolaridade e idosos com idades mais avançadas. Entretanto a renda individual e per capita não se mantiveram estáveis nesse período. Conclusão: os resultados obtidos revelam que a população de idosos de Botucatu tem sofrido mudanças em relação ao seu perfil com tendência à melhora do padrão de vida dos idosos neste período. Essas mudanças são reflexos do que está ocorrendo a nível mundial, relacionada à transição demográfica e a modernidade. Apesar de viverem num cenário de baixa renda e escolaridade, têm bons hábitos de vida e se consideram felizes.