摘要:O presente artigo procura contrapor-se a uma ideia que foi por muito tempo aceita no campo da história agrária brasileira: a perspectiva plantacionista. Não deixamos de ressaltar a importância econômica e social da grande lavoura de café na economia paulista, na passagem do século XIX para o século XX. Por outro lado, procuramos salientar a diversidade da estrutura fundiária sob a qual se assentou a expansão cafeeira em São Paulo, ressaltando o papel ocupado pela pequena lavoura, que ao contrário do exposto pela historiografia, não se dedicou somente à produção para o mercado interno; pelo contrário, elas também assumiram a função exportadora. Captamos a variedade de unidades produtivas nesse complexo econômico através de fontes primárias de origem cartorial – hipotecas e penhores agrícolas – que revelaram as distintas estratégias de financiamentos praticadas nas diferentes escalas de produção.