摘要:Multiplicando rostos, fazendo-os circular ou integrando-os em álbuns de família, os retratos fotográficos haviam ocupado, já na segunda metade do século XIX, uma posição privilegiada na vida e no imaginário urbano das mais diversas cidades do mundo. No Rio de Janeiro sua difusão contou com o entusiasmado incentivo do imperador Dom Pedro II,1 que, além de fotografar e apoiar a entrada de fotógrafos profissionais no país, distribuía sua própria imagem através de retratos fotográficos. Inseridos nos álbuns familiares cariocas, os retratos do imperador eram colecionados ao lado das imagens de parentes, de amigos, e até de personalidades nacionais e estrangeiras. Ser fotografado no século XIX significava, entre outras coisas, entrar para essa respeitável comunidade.2