摘要:A necessidade de atender a demanda crescente pela carne suína tem provocado o aumento da escala de produção no setor suinícola. Na busca constante do aumento de escala, o produtor utiliza tecnologias que permitem aumentar a produtividade da atividade e reduzir os custos unitários de produção. Contudo, ao confinar os animais, o volume de dejetos produzidos também se faz evidente e conseqüentemente expõe à imagem poluidora da atividade. Os dejetos ao serem despejados diretamente no ecossistema ocasionam diversas externalidades negativas como: contaminação de rios, solos e ar, exalação de mau-cheiro, disseminação de doenças. Experiências comprovando a relação entre dejetos suínos e externalidades negativas são descritas ao longo do trabalho e mostram as conseqüências ambientais em alguns países do mundo e no Estado de Santa Catarina, nos quais a produção intensiva de suínos se faz presente. Observa-se que a sustentabilidade da atividade nestas regiões ficou comprometida pela negligência dos agentes diante das externalidades negativas produzidas pela suinocultura, as quais interferiram no bem-estar da população e nos recursos naturais (ar, água e solos) das áreas ocupadas. Após a descrição destas experiências, apresentam-se os moldes produtivos suinícolas da região de Rio Verde em Goiás e estima-se o volume de dejetos produzidos pela atividade suinícola a partir do efetivo de suínos da região. Posteriormente, realiza-se o cálculo da densidade suína (suínos/Km2) a partir de cenários estimados sobre a área de terras utilizadas para suinocultura e compara-se com as densidades existentes em outras regiões, como na Holanda, na Alemanha e no Estado de Santa Catarina. A estimativa do volume de dejetos suínos e da densidade de suínos por quilômetro quadrado tem o intuito de apresentar os indícios que podem levar a poluição do ecossistema e de alertar aos agentes da cadeia produtiva sobre os riscos e impactos ambientais que a produção de suínos venha causar na região em questão.