摘要:Este artigo discute a temática da escrita de vida, a partir de um campo de problematizações em que ela difere de uma ordenação dos signos que aparecem ao pesquisador. Integra a experiência de escrita com vidas de arquivo do projeto de pesquisa "Potência Clínica das Memórias da Loucura", cujo campo é o Acervo da Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro, em Porto Alegre. A investigação teórica do conceito de acontecimento, com Gilles Deleuze, faz da escrita uma seta para o que mais pode um corpo, uma pesquisa, uma linguagem. A tarefa que se coloca é a de extrair de uma vida suas potencialidades, na aspiração de ser justo com o que dela insiste, e resiste em ser significado. É assim que se encontra o biografema, ferramenta de escrita de vida proposta por Roland Barthes, que sugere uma procura pelos pormenores injustificáveis de uma existência. É contar o que dela sobrevive à tentação de torná-la inteira, total, autoexplicativa. Procura traduzir-se, assim, a vida em estado de criação, enquanto índice de singularidades que ultrapassam a existência pessoal.
其他摘要:This article discusses the theme of life writing, in a field of problematization in which it differs from an ordering of signs that emerges to the researcher. It integrates the experience of writing lives of archive, in the research project "Clinical Potency of Memoirs of Madness", whose field is the Collection of the Creativity Workshop in São Pedro Psychiatric Hospital, in Porto Alegre. The theoretical investigation on the concept of happenning (événement), by Gilles Deleuze, makes of writing an arrow pointing to what else can a body, a research, a language. The task that arises is that of extracting of a life its potential, on the aspiration of being fair to what insists, and resists to be signified. It is in such a way that we find the biographems, Roland Barthes' life writing tool, that suggests a search for the unjustifiable details of an existence. To tell what survives to the temptation of making it fulfilled, total, self-explanatory. We seek to translate, therefore, life in creation state, such as an index of singularities that goes beyond personal existence.