摘要:Os jovens criam representações sobre a cidade a partir dos seus percursos e das relações que estabelecem com as pessoas e com o espaço. A diversidade da cidade pode ser vista como algo negativo, gerando medo e insegurança. Neste artigo, investigamos como os jovens enfrentam os riscos da vida na cidade: que ações e estratégias usam, que espaços elegem frequentar, que sentimentos emergem quando estão em lugares onde se sentem mais ou menos ameaçados. Para isso, realizamos entrevistas semiestruturadas com sete jovens (quatro rapazes e três moças), com idades entre 18 e 28 anos, moradores de diferentes bairros e regiões da cidade do Rio de Janeiro. Na análise, percebemos como o sentimento de insegurança está relacionado aos vínculos que os jovens estabelecem com o espaço, com o seu conhecimento e o sentimento de pertencimento a um lugar. Discutimos o conflito vivido por alguns jovens entre a experimentação e o desfrute da diversidade da cidade e a preocupação com a realidade de outras pessoas que sofrem com a violência e a precariedade dos lugares em que vivem. Para outros, a experiência urbana é marcada pelo desejo de ter acesso aos bens culturais e simbólicos da cidade sem sofrer preconceitos e discriminação.
其他摘要:Youngsters create representations of the city based on their routes and the relationships they establish with people and space. City¿s diversity can be seen as something negative, which produces fear and insecurity. In the present work we discuss how youngsters face the risks of living in a big city: their actions and strategies, the spaces they attend, their feelings once they are in places where they feel threatened. In order to discuss these topics, we interviewed seven young people (four boys and three girls), with ages between 18 and 28 years old, using semi-structured interviews, who live in different neighborhoods of Rio de Janeiro city. In our analysis of the empirical material, we discuss how insecurity is related to the bonds these youngsters establish with the urban space, to their knowledge and feelings of belonging to that place. We explore the conflicts that some of these youngsters face when they want to enjoy the opportunities and diversity of the city, but, at the same time, become concerned by other people¿s social and economic reality, marked by violence and precariousness. For some of these youngsters, the urban experience is marked by the desire for cultural and symbolic goods of the city, avoiding prejudice and discrimination.