摘要:O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre a área de pesquisa em psicologia do desenvolvimento aplicada à adolescência e o campo de atendimento psicoterapêutico com adolescentes. Foi realizada uma revisão de literatura que ressalta a importância da consideração de fatores do desenvolvimento para a prática clínica, e 15 entrevistas com psicoterapeutas (psicólogos e psiquiatras), de diferentes abordagens que descrevem a prática corrente. As entrevistas foram analisadas em 3 etapas sucessivas: descrição qualitativa (tematização), análise indutiva (identificação de temas críticos) e análise crítica (confronto dos temas críticos com a literatura). Os resultados indicaram que os clínicos não utilizam dados de pesquisa na sua prática, e que a atualização de conhecimentos sobre a adolescência ocorre de forma desordenada, no contato direto com os pacientes. Como conseqüência, esses terapeutas demonstram dificuldades para avaliar resultados das intervenções. Essas dificuldades caracterizam o campo psicoterapêutico em um momento de transição, no qual os profissionais tendem a afastar-se das teorias e privilegiar a prática.
其他摘要:The aim of this study was to inquire the interaction of developmental psychology research on adolescence and the professional field of adolescent psychotherapy. This inquiry included a literary review, which indicated the importance of considering developmental issues in clinical practice, and 15 psychotherapists interviews (psychologists and psychiatrists), representing different approaches, about their psychotherapy processes. The analysis was made in three consecutive stages: qualitative description (theme process), inductive analysis (critical themes identification), and critical analysis (comparing critical themes with the literature). The results indicated that therapists have not been using research data in their practices, and that their knowledge about adolescence is updated confusedly, from the direct contact with the patients. Thus, clinicians experience difficulties in evaluating their interventions outcomes. Those difficulties portray a psychotherapeutic field in transition, where professionals tend to move away from clear-cut theoretical affiliations towards privileging practical experience.