摘要:A Reforma Psiquiátrica objetiva desconstruir a relação de tutela e objetificação sustentada pelo saber/práticas psiquiátricas para com a loucura. Um dos pilares dessa relação é o diagnóstico psiquiátrico que produz efeitos importantes nas trajetórias vital e institucional dos portadores de transtornos mentais. Essa pesquisa objetivou conhecer os sentidos do diagnóstico psiquiátrico para usuários do Ambulatório de Saúde Mental na cidade de Natal/RN e os efeitos produzidos em suas vidas. Trabalhamos com observações e um roteiro semi-estruturado de entrevista. Identificamos variações na concepção do diagnóstico, alterações nas suas vidas em função do mesmo tais como a perda do trabalho, a dependência familiar, mudanças nas relações sociais, as quais são sustentadas pelo saberes médico e jurídico. Entendemos que as relações tutelares com a família e os serviços de saúde se estabelecem a partir do momento que o diagnóstico é atestado e a vida passa a ser norteada pela "existência" do transtorno mental.
其他摘要:The objective of the Psychiatric Reform is to deconstruct the tutelage relation and the objetivation produced by the psychiatric knowledge and practices regarding madness. One of the pillars of that relationship is the psychiatric diagnosis. This tool produces important life process effects, as well as institutional, amongst individuals that are diagnosed with Mental Disorders. The purpose of this work is to present a research study conducted with clients of the Mental Health Ambulatory Unit in the city of Natal, RN. The objective of the study was to identify the meanings of the psychiatric diagnoses of the clients and the effects they produce on their daily lives. Working with observations and with a semi-structured interview, we identified that the diagnosis concept varies amongst the clients and that the diagnosis alters their lives in ways such as loss of a job, family dependence and disruption of social relations, effects that are sustained by the medical and judicial knowledge. We understand that the tutelage relations with the family and the health services are established when the diagnosis is made and the life style is then oriented by the "existence" of the mental illness/disorder.