摘要:Este trabalho aborda a construção do transtorno mental em discursos de usuários de um centro de Atenção Psicossocial e de seus familiares. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que teve como referencial teórico-metodológico a Psicologia social discursiva. Foram entrevistados 15 usuários de um CAPS de Campina Grande-PB e 15 familiares. Em suas elaborações sobre as causas ou determinantes da doença mental, foram detectados cinco fatores determinantes da doença mental: biológicos, socioeconômicos, psicossociais, psicológicos e sobrenaturais. Já em suas elaborações discursivas sobre os sintomas e sinais da doença mental, sobre o modo como se manifesta, predominaram descrições nas quais o doente mental aparece como um ser incapaz de autonomia, um ser de desrazão, caracterizado pelo descontrole e pela periculosidade. Em outras palavras, são discursos que descrevem o doente mental com os mesmos termos encontrados no discurso psiquiátrico usado para justificar a ordem manicomial, discursos que reproduzem os estereótipos sobre a loucura e que são dominantes no imaginário social.
其他摘要:This paper deals with the construction of the mental disturbance in the speech of a Psychosocial Attendance center patients and their family members. It is a qualitative research that has a theoretical methodological approach related to the Social Discursive Psychology. 15 patients of a CAPS - Psychological Attendance center of campina Grande have been interviewed as well as 15 family members. Along the elaborations about the determinant causes of the mental disease have been detected biological, socioeconomic, psychosocial, psychological and supernatural causes. Besides, in the discursive elaborations about the symptoms and signals of the mental disease the way it shows up, predominated descriptions that denote that the mental patient is not seen as a person capable of independency, but as a person whos not able to think, a person whose main characteristics are the lack of control and the criminal tendency. That means that the discourses describe a mental patient with the same terms found in the psychiatric speech used to justify the madhouse structure, discourses that reproduce the stereotype about madness that prevails in the social imaginary.