摘要:O objetivo da presente pesquisa foi caracterizar o histórico de violência intrafamiliar em pacientes psiquiátricos inseridos em tratamento de regime ambulatorial. Pretendeu-se, mais especificamente, identificar o tipo de violência vivenciada pelos usuários. Participaram do estudo 23 pacientes de ambos os sexos, em tratamento ambulatorial. A coleta de dados envolveu a aplicação de um roteiro de entrevista individual, com informações sobre o histórico de internação e violência intrafamiliar e com descrição da infância, dentre outros itens. Apenas um dentre 23 participantes relatou ausência de histórico de violência intrafamiliar, 20 participantes indicaram histórico infantil de maus tratos físicos e psicológicos. Na fase adulta, dos 13 participantes que declararam viver com parceiros/parceiras no presente ou no passado, 8 participantes do sexo feminino relataram agressividade por parte do companheiro e 2 participantes do sexo masculino afirmaram ter agredido as esposas no passado. Com relação à violência sexual, 5 participantes relataram ter experienciado relação sexual forçada por parte do parceiro e um participante relatou ter abusado sexualmente da parceira. Os resultados chamam a atenção pela alta freqüência e pela gravidade de episódios de violência intrafamiliar, que evidenciam a necessidade de se replicar o estudo com amostras maiores e, na prática clínica, investigar tais questões rotineiramente, uma vez que sua esquiva pode contribuir para o processo de adoecimento psíquico.
其他摘要:The goal of this study was to characterize the family violence history among psychiatric patients in a mental health outpatient clinic. More specifically, identification of the modality of violence experienced by the patients was intended. Twenty three psychiatric patients who attended the clinic took part of the study. The instrument used to collect data was a semi-structured interview, with questions related to patients mental health and family violence history, as well as childhood description, among other topics. Only one out of 23 patients reported an absence of family violence history. Twenty participants indicated a history of physical or emotional abuse during childhood. In their adult phase, of the 13 participants who reported having lived with an intimate partner, eight female participants reported aggressive behavior by partners, and two male participants reported perpetrating aggressive episodes to their wives, in the past. In terms of sexual violence, five participants reported having experienced forced intercourse by partners, and one male participant reported having sexually abused his wife. The results call attention to the high frequency and severity of family violence episodes. This phenomenon should be investigated using wider samples, and questions on family violence history should routinely be asked in the clinical practice, as its avoidance during treatment may contribute to poor prognosis.