摘要:O texto propõe uma reflexão sobre a questão do setting no desenvolvimento de atendimentos psicanalíticos na clínica dita extramuros. Apresenta dois exemplos clínicos conduzidos pelas autoras em contextos não convencionais, a clínica-escola de uma universidade e o ambulatório de psicologia de um hospital geral, para sustentar suas hipóteses sobre o entendimento de setting a partir de uma vertente ética, e não técnica, isto é, para as autoras, setting se refere ao campo teórico que sustenta a condução da clínica, e não ao lugar em que o trabalho transcorre. Em seguida, os ensinamentos de Freud e de Winnicott sobre a questão são tomados como fundamento teórico. Nesse sentido, Freud sustenta uma flexibilidade técnica em contraposição ao rigor teórico. Por sua vez, Winnicott afirma que há uma adaptação ativa do analista às necessidades de seu paciente na condução da clínica. Esses ensinamentos são base para um questionamento radical sobre a própria expressão extramuros, ou seja, em se tratando de psicanálise, há muros?
其他摘要:The present text proposes a reflection on the idea of setting in the conduction of psychoanalytical processes developed in non-conventional environments. It presents two clinical samples conducted by the authors in this kind of environment, a clinical-school of a university and an ambulatory of psychology in a general hospital, to sustain their hypotheses about setting taking this notion from a theoretical frame and not from a technical frame. Then, it makes use of Freuds and Winnicotts teaching as fundamental references for these matters. First of all, Freud supports a flexibility on the technical field in opposition to a rigor in the theoretical field. On his turn, Winnicott sustains that the analyst should make an active adaptation to his patients needs. Those teachings are taken as basis to question the expression outside-wall referring to the psychoanalytical clinic, such as: in reference to psychoanalysis, are there walls?