摘要:Resumo: O planejamento de pesquisas com adolescentes privados de liberdade deve envolver escolhas éticas e bioéticas com o objetivo de atender a vulnerabilidade desses casos. O maior desafio encontra-se no fato de se buscar garantir o exercício da autonomia e da voluntariedade. Neste trabalho, apresentamos e discutimos as escolhas éticas e bioéticas efetuadas no planejamento de pesquisa que envolve adolescentes privados de liberdade, assim como as medidas especiais adotadas com vistas a garantir a autonomia e a voluntariedade dos participantes. Foram realizadas oficinas prévias que tiveram o objetivo de trabalhar os temas da autonomia e da voluntariedade com todos os adolescentes institucionalizados que tivessem a oportunidade de participar da pesquisa. Com isso, pretendeu-se que os adolescentes se tornassem mais fortalecidos e pudessem utilizar o exercício da autonomia como uma habilidade protetiva. De modo geral, avaliamos que a experiência de realização das oficinas foi bastante enriquecedora tanto para os adolescentes como para as pesquisadoras, e também que as oficinas atingiram os objetivos propostos, de forma que o planejamento resultou bem-sucedido. Os adolescentes iniciaram a participação nas oficinas com uma postura passiva e acrítica, e finalizaram-na com uma postura mais participativa, buscando discutir e esclarecer dúvidas. Sugere-se que essas questões sejam consideradas em estudos com essa população.
其他摘要:The planning of research with adolescents deprived of freedom should consider bioethical and ethical choices aiming at dealing with the vulnerability of these cases. The biggest challenge is the fact that they seek to ensure the exercise of autonomy and willingness. In this paper we present and discuss the ethical and bioethical choices made in the planning of research involving adolescents deprived of freedom, as well as the special procedures adopted to guarantee the autonomy and the willingness of the participants. Previous workshops were held with the aim at dealing with the issues of autonomy and willingness to all institutionalized adolescents who could participate of the research. Thus, the objective was that the adolescents became more empowered and could use the exercise of autonomy as a protective ability. We came to the conclusion that the experience of conducting the workshops was very enriching for both adolescents and for researchers, and also that the workshops were successful, for a successful planning resulted from it. The adolescents started their participation in the workshops with a passive and uncritical attitude, and ended with a more participatory attitude, seeking to discuss and answer the questions. It was suggested that these issues should be considered in studies with this population.