摘要:Objetivamos neste trabalho contextualizar o desenvolvimento da gastronomia e as mudanças de significado espacial, observando as táticas e estratégias envolvidas nesse processo. As práticas cotidianas reconstroem continuamente os significados da culinária, e, no caso de Macacos, distrito mineiro, a 30 km de Belo Horizonte, observamos que o mosaico de ofertas gastronômicas reflete tais práticas e projeta certa identidade do distrito aos turistas. Macacos apareceu como um polo ou roteiro gastronômico regional a partir de finais do século XX, mas já se desenvolveu bastante nessa área e conta com restaurantes de culinária mineira e internacional. Nesse contexto, procuramos saber: como se constroem as estratégias e táticas gastronômicas em Macacos? Para tanto, foram feitas consultas documentais, consultas às cartas dos restaurantes e entrevistas com donos e funcionários. Ao final, encontramos que a polifonia era a estratégia em todas as atividades gastronômicas em Macacos. Todavia, percebemos uma diferenciação associada à origem dos donos dos restaurantes: os empreendedores autóctones tendem a trabalhar com a elaboração de comida típica mineira, ao passo que os forasteiros, em geral, fazem questão de se classificarem como inseridos em uma gastronomia internacional. Na coexistência do típico e do exótico, a polifonia e a pictoricidade são práticas evidenciadas.
其他摘要:In this paper, we aimed to contextualize the gastronomic development and changes in spatial meanings, considering the tactics and strategies involved in this process. The everyday practices reconstruct continuously the culinary meanings and, in the case of the district of Macacos, a city in the state of Minas Gerais, 30 km from Belo Horizonte, we observed that a mosaic of gastronomic offers reflects the everyday practices and projects certain identity of the district to tourists. Macacos became a regional gastronomic pole or route at the end of twentieth century, but it has already developed a lot in this sector and counts on several restaurants of regional and international food. In this context, we wanted to know: how gastronomic strategies and tactics are built in Macacos? In order to answer this question, we analyzed documents, the restaurants' menu and we interviewed the restaurants' owners and employees. By the end, we found out that polyphony was the strategy in all gastronomic activities in Macacos. However, we observed a differentiation associated to the restaurant owners' origin: the entrepreneurs from Macacos tended to work with regional food and the entrepreneurs from outside the district tended to work with what they classified as "international food". In the coexistence of typical and exotic, polyphony and pictoriality are relevant practices.