摘要:Os incentivos actuais à inovação parecem ser claramente influenciados pelos fenómenos de concentração e pelo poder de mercado. Nessa perspectiva, a existência de elevados graus de oportunidade tecnológica, apropriabilidade privada e cumulatividade propiciaria, ceteris paribus, uma relação positiva entre dimensão e concentração das empresas e lucros oligopolistas positivamente relacionados com a apropriabilidade, a cumulatividade e as economias de escala. Para além da verificação empírica dessas vertentes, no caso do sector de redes móveis, há também a referir que o grau de concorrência efectiva tem tido um efeito reduzido sobre a produtividade e um efeito elevado sobre os preços. Essa observação é perfeitamente consistente com o caso português. Nesse contexto, avaliaram-se as dimensões do desempenho dos três operadores móveis no mercado português num período crucial: desde a emissão da primeira licença (1991) até ao advento da terceira geração de celulares em nível comercial (2001). O desempenho é medido por um modelo de análise de rácios multiperíodo análogo ao desenvolvido por Banker, Chang e Majumdar (1993). Os resultados mostram um nítido padrão de imitação entre as três empresas no mercado. Também se comprova que o aumento da concorrência, ocorrido com a liberalização do mercado, induziu a um desvio nas estratégias dos operadores: de uma estratégia de diferenciação para outra de baixo custo.
其他摘要:The main goal of this paper is to prove that present incentives to innovation are strongly influenced by concentration and by market power, but actual competition has had a small impact on productivity and a strong effect on prices of mobile phone. We propose a model adapted from that developed by Banker, Chang and Majumdar (1993) to prove our assumptions. Rentability is disaggregated into four items: productivity, price recovery, product mix and capacity utilisation. We prove that the increase in competition among firms introduced a bias in the operators' strategies: from differentiation to a cost strategy.