摘要:A teorização do conceito de supereu por Freud tem muita importância para o exercício clínico da psicanálise. Freud trabalhou com a tríade parricídio, culpa e punição desde os primórdios da teoria psicanalítica até a formalização do conceito, em 1923. Com o percurso de ensino de Lacan, o supereu simbólico como lei incompreendida foi se aproximando ao campo do gozo e, dessa forma, ao registro do real. Não há apreensão total da lei incompreendida, o que já aponta para o que escapa ao simbólico, ou seja, para o real. Para o aprofundamento teórico a respeito do supereu feminino, é fundamental lançar mão da evolução do pensamento de Lacan a respeito do gozo feminino, o Outro gozo. Este não apresenta balizas, é inominável, não se escreve, é diferente do gozo fálico norteado pelo Nome-do-Pai. Essa lei coloca ordem no caprichoso desejo da mãe, coordenando o gozo puro à função fálica. O supereu feminino é uma máscara que, por si só, é uma saída fálica na tentativa de lidar com o gozo sem balizas. Por outro lado, o supereu é um imperativo de gozo. Frente a isso, cabe uma interrogação: associando o supereu à gulodice da pulsão, pode-se pensar sua presença na demanda infinita de amor feita pelas mulheres? A enigmática questão “o que quer uma mulher?” marca que é impossível satisfazer as mulheres. Nesse caso, essa demanda se articularia ao Outro gozo, aquele que escapa e difere do gozo fálico. Tal demanda não exige o mesmo, porém, mais e mais de outra coisa. Este artigo visa pensar essas questões em relação aos males do amor causados pelas exigências de amor das mulheres.
其他摘要:The theorization of the concept of superego by Freud is of great importance for the clinical practice of psychoanalysis. Freud worked with the triad: parricide, guilt and punishment since the beginning of his psychoanalytic theory until the formalization of the concept, in 1923. In the course of Lacan’s readings, the symbolic superego as a misunderstood law is approaching the field of enjoyment, and thus, the registration of the Real. There is no total understanding of the misunderstood law, which already points to what escapes the symbolic, i.e., to the Real. To further the theoretical approaches regarding the female superego, it is essential to make use of the development of Lacan's ideas about the feminine jouissance, the Other jouissance. This latter has no beacons, is unamenable, is impossible to write, and is different from the phallic jouissance which is driven by name-the-Father. This law puts order in the capricious desire of the mother, coordinating the pure enjoyment to the phallic function. The female superego is a mask, which, in itself, is a phallic output in an attempt to deal with the enjoyment without beacons. On the other hand, the superego is an imperative of enjoyment. Given this, a question arises: linking the superego to the pulsion’s gluttony, is it possible to find it in the women’s infinite demand for love? The puzzling question “what does a woman want?” mark that it is impossible to meet women’s demands. In this case, this demand is articulated to the Other jouissance, the one who escapes and differs from phallic pleasure. This demand does not require the same, but more and more of something else. This article aims to consider these issues in relation to the evils of love caused by women’s demands for love.
关键词:Supereu; Imperativo de gozo; Amor; Feminino; Nome-do-Pai;Superego imperative of joy; Love; fFminine; Name-the-Father;Imperativo de goce; Superyó; Femenino; Nombre-del-Padre;Surmoi; Impératif de jouissance; D'amour; Girly; Nom-du-Père