摘要:Este trabalho analisou os efeitos dos preços relativos de exportação do Brasil, comparativamente à Argentina e EUA, sobre a quantidade exportada relativa desses países, no período de 1999 a 2002, além de aferir sobre a competitividade produtiva do Brasil frente aos EUA e Argentina, e detectar as diferenças nas exportações entre estes e os demais países. O modelo analítico constituiu-se da construção de indicadores de competitividade (desempenho e eficiência) para as exportações brasileiras de soja em grão. Posteriormente, foram utilizados cálculos de elasticidades de transmissão de preços com o intuito de estimar o impacto de variações nos preços dos fretes rodoviários sobre os preços de exportação da soja em grão do Brasil. Ademais, o uso de um modelo operacional de elasticidade de substituição determinou o impacto dos preços relativos de exportação da soja sobre as quantidades relativas exportadas pelos principais países competidores. Os resultados encontrados para valores e quantidades exportados de soja não apresentaram variações expressivas, nem mesmo quando da comparação entre países. Em geral, os índices relativos às quantidades se apresentaram ligeiramente superiores aos relativos aos valores exportados. O indicador VCR (Vantagem Comparativa Revelada) indicou para o ano de 2002 um grau de especialização de 3,29% para com o setor exportador sojícola, relativamente aos demais setores da economia, enquanto outro indicador de competitividade, o desvio de comércio (DES), mostrou que o crescimento da participação de mercado das exportações brasileiras de soja, não tem se concentrado em poucos países importadores. Conclui-se, das análises realizadas, que os fretes rodoviários influenciam significativamente na formação dos preços de exportação de soja em grão no Brasil. Os preços relativos de exportação, analisados comparativamente à Argentina e aos EUA, afetam as quantidades relativas exportadas de modo que a sensibilidade a essas variações se mostrou elevada.