O objetivo deste trabalho foi identificar a estrutura calcificada mais adequada para a determinação da idade da piracatinga (Calophysus macropterus). Foram analisados 440 indivíduos procedentes da pesca comercial e experimental do Baixo Solimões. Deste total, foram analisados opérculos, otólitos (asteriscus) e vértebras de uma sub-amostra de 130 indivíduos. Para a observação dos anéis de crescimento nos otólitos, foram testadas duas técnicas de clarificação e quatro técnicas de coloração nas vértebras. A análise das estruturas calcificada demonstrou que os otólitos são estruturas pouco translúcidas e apresentam dificuldades para a observação das marcas de crescimento. Por outro lado os opérculos não apresentaram marcas visíveis de crescimento, e nas vértebras foi observado um padrão nítido e estável de marcação de anéis de crescimento. Portanto, as vértebras foram as estruturas mais adequadas para determinar a idade da piracatinga, além de apresentar uma relação linear significativa entre o raio total das vértebras e o comprimento do peixe (r=0,91; P<0,05). Entre os métodos testados para a visualização dos anéis nas vértebras de peixes teleosteos, a técnica nova a de Hiper-oxidação e Descalcificação Química (HDQ), mostrou ser a melhor. As marcas de crescimentos em vértebras foram validadas utilizando o método de incremento marginal relativo. A piracatinga forma duas marcas de crescimento por ano nas vértebras; o primeiro durante a vazante (agosto) e o segundo durante a enchente (janeiro).
The goal of this study was to identify the best calcified structure for determination of the age of the piracatinga (Calophysus macropterus). A total of 440 specimens from commercial samples and experimental fishing in the Solimões River. Were used for analysis: Opercula, otoliths, and vertebrae were analyzed from a sub sample (n=130). Two clarification techniques were used for visualization of growth rings in the otoliths and four coloration techniques for vertebrae. The otoliths were not translucent and it was very difficult to see the growth rings. The vertebrae were the best calcified structure because the radius of the vertebrae and the length of fish had clear significant linear relationship (r= 0.91; P<0.05) and a clear visualization of the growth rings. Among the techniques used for examining vertebrae of the teleostean fishes, the chemical decalcification, hyper-oxidation technique, was the best to observe the growth rings in the vertebrae. The seasonal rings were validated using relative marginal incremental analysis. Two annual rings are formed in the vertebrae of Calophysus macropterus, being the first during low water (August) and the second during high water season (January). On the vertebrae, a maximum of seven rings were observed.