Nos projetos sociais de inclusão, esportes são estratégias privilegiadas. Mas esportes são jogos competitivos. Mas como poderiam práticas competitivas favorecer os objetivos generosos da inclusão? Neste artigo, pretendemos avaliar o problema buscando clarear os conceitos de "jogo", "esporte" e "competição", tendo como tema a "inclusão social". Trata-se de um ensaio que aborda um estudo teórico, cuja metodologia vale-se da análise filosófica e da argumentação dialética. Defenderemos que não há oposição entre competitividade e inclusão. Embora esportes sejam jogos de "soma zero", os esportes modernos são institucionalizados, o que permite a seus jogadores praticá-los como ocupações estáveis. Em conclusão, competições esportivas, institucionalizadas e disciplinadas, resultam em arranjos de soma positiva, permitindo que o esporte possa tornar-se uma escolha de vida, favorecendo, portanto, a inclusão.
In projects of social inclusion, sports are privileged strategies. But sports are competitive games. How could the practice of competitive games support the generous aims of social inclusion? In this paper, we will analyze this problem and clarify the concepts of "game", "sport" and "competition". It is an essay that deals with theoretical issues, employing as methodology the philosophical analysis and dialectical argumentation. We will also make a review of the subject "sports and social inclusion". We will argue that nevertheless sports actually are competitive games there is not any opposition between competition and inclusion. As a matter of fact, sports are "zero-sum" games. But modern sports are institutionalized, allowing their players practice them as stable occupations. In conclusion, institutionalized and disciplined, sports become "positive-sum" arrangements, making the opportunity of becoming a life choice, consequently favoring social inclusion.