Apesar de o número de domicílios unipessoais não ser expressivo em relação aos demais arranjos domiciliares de idosos, cresce, ao longo dos anos, a quantidade de idosos brasileiros morando sozinhos. Este trabalho tem como objetivo principal analisar a relação entre renda e morar sozinho para idosos paulistanos, em 2000, utilizando a base de dados do Projeto Sabe (Saúde, Bem-estar e Envelhecimento na América Latina e Caribe). Como morar sozinho sofre a influência de determinantes demográficos, socioeconômicos e de saúde, estas variáveis também são consideradas neste estudo. Assim, foi realizada uma análise de regressão logística binária múltipla, sendo construídos dois modelos: o primeiro apenas com a variável renda como independente e o segundo incluindo todas as demais. Os resultados indicaram uma associação entre renda e morar sozinho, de forma significativa. Ao controlar por educação e pelas variáveis demográficas e de saúde, o efeito da renda permaneceu significativamente associado com as chances de morar sozinho. De acordo com os resultados encontrados nos dois modelos, as probabilidades de o idoso morar sozinho crescem à medida que aumenta a renda.
The number of people living alone in São Paulo is not high compared to other living arrangements, but the number of elderly people living alone has been increasing over the years. The present study discusses the relationship between income and living alone among the elderly in the City of São Paulo, 2000, using the SABE database. Since living alone is influenced by demographic, socioeconomic and health-related aspects, these variables were also considered in this study, and a binary logistic regression was used. Two models were built. Model 1 included only income as a predictor; model 2 included other variables and income as predictors. The results show a significant association between income and living alone. Even after controlling for other explanatory variables, income remained significant.