Neste trabalho, retomamos os principais estudos sobre o treino de discriminações condicionais sem conseqüências diferenciais implementados em nosso laboratório com humanos desprovidos de história prévia de participação como sujeitos. Buscamos descrever os procedimentos utilizados e discutimos os resultados em torno de aspectos conceituais e metodológicos a respeito dos quais os estudos podem ser inter-relacionados - a questão do reforço (a temporalidade com que este segue o desempenho, enquanto uma característica envolvida em sua definição) e fontes alternativas de controle (o pareamento Modelo-Sc e Modelo-Si, bem como a reexposição às tentativas de treino). Finalmente, relacionamos o procedimento geral dos estudos com a postura do professor em sala de aula e sugerimos algumas implicações educacionais dele decorrentes, como podendo estar envolvidas na programação e implementação do ensino.
In this article we review the principal findings from a series of studies about conditional discrimination training without differential consequences, which have been conducted in our laboratory with human participants who had no previous experience as research subjects. We seek to describe the procedures utilized and discuss the results obtained with reference to conceptual and methodological aspects which these studies share in common. In particular, we focus on reinforcement (in terms of its temporal schedule), and alternative sources of control (Sample-Sc and Sample-Si matching, as well as reexposure to the training trials). Finally, we draw a relationship between the procedural routine and the role of teachers in the classroom, and suggest some educational implications which may be involved in the programming and implementation of instructional strategies.