O presente estudo investigou a influência de contingências de punição sobre os desempenhos verbal (resposta de relato) e não verbal (resposta de escolha). Estudantes universitários foram expostos a uma tarefa de escolha de acordo com o modelo. Após a resposta de escolha, a pergunta "Você acertou?" era apresentada e o participante deveria emitir a resposta de relato, indicando uma dentre duas alternativas, "SIM" e "NÃO". No Experimento 1, o feedback "Incorreto. Você perdeu 1 ponto" foi programado para a resposta de relato e, no Experimento 2, o feedback foi contingente à resposta de escolha. No Experimento 1, o feedback exerceu funções punitivas sobre a resposta de relato e, na maioria das condições, não afetou a resposta de escolha. No Experimento 2, o feedback não exerceu controle sobre a resposta de escolha, embora tenha influenciado as respostas de relato. Esses resultados sugerem que os desempenhos verbal e não verbal são funcionalmente independentes. O presente estudo evidencia o caráter operante do relato e, ao identificar possíveis variáveis de controle desse comportamento, contribui para uma maior fidedignidade dos dados obtidos por meio de auto-relatos.
This study examined the influence of punishment contingencies on verbal (report responses) and nonverbal (matching responses) performances. College students were exposed to a matching-to-sample task. After a matching response was made, the question "Did you score?" was presented and the subject had to make a report indicating one of two alternatives, "YES" or "NO". In Experiment 1, the feedback "Incorrect. You lost 1 point" was scheduled to report responses whereas, in Experiment 2, the same feedback was contingent on matching responses. In Experiment 1, the feedback had punitive effects on report responses and, in most conditions, did not affect matching responses. In Experiment 2, the feedback did not exerted control upon matching responses, but it influenced report responses. These results suggest that verbal and nonverbal performances are functionally independent. The present study provide evidence for the operant nature of self-reports and, in identifying possible control variables of such behavior, it contributes to a greater reliability of self-report data.