Coping² pode ser definido pela forma como as pessoas comumente reagem ao estresse. Estas reações estão relacionadas a fatores pessoais, demandas situacionais e recursos disponíveis (Lazarus & Folkman, 1984). Entretanto, medidas de coping geral raramente contemplam os fatores situacionais. A mensuração de coping no ambiente ocupacional deve considerar os recursos e estratégias disponíveis, permitir agilidade ao preenchimento e satisfazer critérios psicométricos usuais. O objetivo deste trabalho foi (1) traduzir e adaptar para a língua portuguesa uma escala de coping ocupacional; (2) investigar suas características psicométricas por meio de análise fatorial e por suas relações com medidas de suporte social, sobrecarga de trabalho e exaustão emocional. Trezentos e noventa e sete trabalhadores em ambiente de escritório (x = 37,9; dp = 9,7) responderam à escala traduzida e a medidas de suporte social, sobrecarga e exaustão emocional durante o expediente de trabalho. A análise fatorial mostrou a existência de três fatores que explicaram 29,6% da variância total. Os resultados forneceram evidências de validade de critério e confiabilidade à escala de coping ocupacional traduzida.
Coping represents the way people commonly react to stress. These reactions are related to personal factors, situational demands and available resources (Lazarus & Folkman, 1984). However, measures of general coping rarely fully contemplate situational factors. Coping measures in occupational settings should take into account available resources, should be easy to answer and fulfil all psychometric criteria. The objective of this work was (1) to translate and to adapt to Portuguese an occupational coping scale and (2) to investigate its psychometric characteristics through factor analysis and its relationships with measures of social support, work overload and emotional exhaustion. Three hundred ninety seven office workers (x = 37.9; sd = 9.7) answered in their workplace the proposed occupational coping scale and measures of social support, work overload and emotional exhaustion. Factor analyses showed three factors that explained 29.6% of the total variance. The results gave support to the criterion validity and reliability of the translated occupational coping scale.