O fato de que os organismos não respondem a todas as características do ambiente levou muitos psicólogos a pressupor a existência de algum mecanismo de seleção desses estímulos - tradicionalmente chamado de 'atenção'. Este trabalho investiga como a noção de "prestar atenção" é tratada na obra de B.F. Skinner. Defende-se aqui que Skinner admite duas possibilidades de se interpretar o que cotidianamente chamamos de "prestar atenção": (a) como relações de controle de estímulos, e (b) como uma classe de respostas precorrentes que clarificam, ou tornam mais eficaz, um estímulo discriminativo. Nos dois casos, o "prestar atenção" é entendido como um processo comportamental, tornando referências a processos cognitivos desnecessárias.
The fact that organisms do not respond to all environment characteristics has led many psychologists to assume the existence of some mechanism for selection of such stimuli - traditionally called 'attention'. This paper investigates how the concept of "paying attention" is treated in B. F. Skinner work. We argue that Skinner admits two possibilities of interpreting what we ordinarily call "paying attention": (a) as relations of stimuli control, and (b) as a class of precurrent responses that clarify, or enhance, a discriminative stimulus. In both cases, "paying attention" is understood as a behavioral process, making references to cognitive processes unnecessary.