A repercussão do movimento fenomenológico na história da psicologia pode ser notada pelas persistentes tentativas de transposição do caráter eidético da fenomenologia para a análise sistemática de empiria. Nesse sentido, o conceito de redução fenomenológica, descrito pelo filósofo Edmund Husserl (1859-1938) e operacionalizado para a pesquisa psicológica, foi retomado como meio para investigar as tentativas de transição entre filosofia e psicologia. A revisão inclui três modelos de transposição metodológica, a saber: psicologia empírico-fenomenológica, fenomenologia experimental e neurofenomenologia. O trabalho enfatiza as diferenças epistemológicas entre modelos hermenêuticos e naturais no trabalho com dados de primeira pessoa. Conclui-se que um aprofundamento das discussões sobre as influências da fenomenologia à ciência psicológica seria oportuno e viável através do estudo da história desta intersecção.
The repercussion of the phenomenological movement on the history of psychology can be perceived by persistent attempts to import eidetic phenomenology features in the systematic analysis of empirical events. In this sense, the concept of phenomenological reduction, described by the philosopher Edmund Husserl (1859-1938) and technically defined for psychological research, was taken as a mean to investigate the attempts of transitions between philosophy and psychology. This review includes three models of methodological transposition: empirical phenomenological psychology, experimental phenomenology and neurophenomenology. Epistemological differences are emphasized between hermeneutic and natural models. The study concludes that a deeper discussion about the influence of phenomenology on the science of psychology would be opportune and appropriate through the study of the history of this intersection.