O objetivo deste artigo é caracterizar as estratégias usadas por três diferentes formatos de varejo (grande rede, associações de pequenos e médios supermercados e supermercados independentes) em suas compras de frutas, legumes e verduras (FLV) com foco na questão dos padrões de qualidade exigidos. A abordagem teórica utilizada é de economia dos custos de transação. Para a pesquisa empírica é utilizado o método de casos múltiplos viabilizado por meio de entrevistas presenciais com representantes dos distintos formatos de varejo na cidade de São Paulo. Os resultados indicam que há diferenças nas estratégias dos variados formatos de varejo com seus fornecedores de FLV. No caso de pequenos e médios supermercados é bastante representativo o fornecimento proveniente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo), mesmo para o grande varejista entrevistado; cerca de 25% do suprimento de FLV é da Ceagesp, o que caracteriza uma relação de mercado. O restante é fornecido pelos chamados distribuidores de origem. Por fim, os resultados do artigo têm implicações gerenciais para os produtores de FLV, indicando que há alternativas de inserção nas cadeias produtivas de FLV tendo em vista os diferentes formatos de varejo e suas estratégias distintas de relacionamento com fornecedores.
The objective of this article is to characterize the strategies used by three different retail formats (large retail chains, associations of small and mid-size supermarkets and independent supermarkets) in their purchase of fruit and vegetables, focused on the issue of quality standard requirements of the different retail formats in the city of São Paulo. The conceptual approach uses the economic theory of transaction costs. The empirical part of the project uses the method of multiple case studies, which was made viable by face-to-face interviews with representatives from the different kinds of retail businesses in Sao Paulo. The outcome indicates that there are differences in the procurement strategies at different retail formats. For small and medium supermarkets, the supply of fresh fruit and vegetables by the Sao Paulo Wholesale Trading Terminal of fresh food (called Ceagesp) is still representative. Even in the case of large retailers, about 25% of FFV is provided by "Ceagesp", which characterizes an arm's length relationship as a procurement strategy. The other part is supplied by distributors of origin, which can be considered first-tier suppliers.