O objetivo do estudo foi analisar o alinhamento nas estratégias de suprimento adotadas pelos elos nas cadeias de suprimentos da indústria automobilística no Brasil. O conceito de alinhamento seguido foi aquele proposto por Vachon et al. (2009), de que o alinhamento se relaciona com a intensidade dos gaps entre os requisitos de um cliente e a ênfase dada por um fornecedor de primeira camada nestes mesmos requisitos ao lidar com os fornecedores de segunda camada. A unidade de análise são empresas industriais localizadas no Brasil, fornecedores de primeira camada de montadoras de automóveis. A amostra de vinte e oito empresas foi selecionada por critério de acessibilidade, a partir de uma relação de empresas do setor disponibilizada pelo Sindipeças, o principal sindicato patronal da categoria. As unidades de observação foram os gestores da área de suprimentos dessas empresas. Os resultados apontam que a dependência de um fornecedor em relação a uma montadora específica reforça o alinhamento estratégico nesta cadeia de suprimentos, e que as montadoras europeias possuem uma base de fornecedores diretos que adotam estratégias de suprimentos mais alinhadas com as suas próprias, quando comparadas com as montadoras norteamericanas e respectivas bases de fornecedores. No entanto, as cadeias se desalinham quando prevalece a adoção de práticas colaborativas nas relações entre montadoras e primeira camada de fornecedores.
This study evaluates the degree of strategic alignment in the supply strategies adopted by the Brazilian automotive supply chains. The concept of alignment followed was that proposed by Vachon et al. (2009), that alignment is related to the intensity of the gaps between the requirements of a client and an emphasis on first-tier supplier in these same requirements when dealing with suppliers second tier. The unit of analysis are companies located in Brazil, first-tier suppliers to automobile manufacturers. The sample of twenty-eight companies were selected by criteria of accessibility, provided by SINDIPEÇAS. The units of observation were their supply managers. The results pointed that, the stronger the bonds between the automaker and its suppliers are, higher is the degree of alignment in the adopted supply strategies. Furthermore, European automakers supply chains have higher levels of strategic alignment compared to North-American automakers ones. However, the supply chains characterized by lower levels of strategic alignment are the ones where collaborative practices prevail in the relations.